Oscar Francisco Monteiro da Silva
06/08/2020
Com vasta experiência na carreira militar, Oscar Francisco Monteiro da Silva, 62 anos, Tenente Coronel da Reserva remunerada da Polícia Militar do Paraná, foi peça fundamental na fundação da ATTOL. Tudo teve início manhã de dezembro de 2017, quando Oscar encontrou num restaurante o Dr Dayro Gennari (advogado) e Dr Alexandre Conti (médico) que lhe perguntaram se estaria disposto a ajudar eles a fundar um clube de tiro aqui em Toledo. “Como sempre gostei desta atividade de imediato me propus a somar esforços com eles nesta empreitada. A ideia inicial seria um estande de tiro in-door, mas os custos seriam muito alto e de imediato precisaríamos de no mínimo 100 associados, então veio outro pensamento: por que não um clube da região nos apadrinhar agora no início até nos termos nossa área de terras para construir nosso estande de tiro”.
Oscar comenta que elaboraram um termo de convênio e enviaram para o Clube de Tiro Guairacá, para o Clube de Tiro Rondonense, ATAC - Associação de Tiro Esportivo de Assis Chateaubriand, Clube de Tiro Azevedo, em Cascavel, e todos foram unânimes em nos abrigar por um período de 18 meses.
Após 50 dias encontro do trio (Dayro, Alexandre e Oscar), já tinham mais de 20 nomes de pessoas interessadas do clube e numa tarde daquele verão se reuniram para formalizar a fundação da Associação de Tiro Esportivo Toledense. Uma semana depois já estavam treinando num dos clubes parceiros, pois alguns dos novos associados já eram sócios do Clube Guairacá e da ATR de Marechal Cândido Rondon e os novos aprendizes começaram a receber as primeiras instruções. “Mas era preciso formalizar os novos associados junto ao SFPC - Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados do Exército Brasileiro, que é o órgão competente para expedir o Certificado de Registro de Atirador Desportivo, Colecionador e Caçador - CAC. Hoje todos os associados da ATTOL estão devidamente regularizados perante o SFPC”, explica Oscar.
Oscar ressalta que quando estamos envolvidos num bom projeto, o universo conspira a nosso favor e o empresário Samuel Paris, sócio proprietário da Paris Esportes, resolveu adquirir uma área de terra justamente com a finalidade de construir um estande de tiro para atender os clientes de sua loja que necessitavam ir a Cascavel ou outras cidades para fazer o teste de tiro (laudo), requisito exigido pelo Departamento de Polícia federal, para que as pessoas possam ter o direito de adquirir a posse de arma de fogo. Ele comenta que no início de junho de 2019, o clube tinha 50 associados e com os documentos em ordem que autorizava a praticar o tiro esportivo nas nossas próprias instalações. “Nós fizemos um contrato de aluguel da referida área e começaram as obras de terraplanagem e concomitante, começamos a formalizar os documentos necessários para a Certificação de Registro de pessoa jurídica junto a SFPC, juntando ao processo CNPJ, Alvará da Prefeitura de Toledo, vistoria do Corpo de Bombeiros e do alvará da DEAM - Delegacia de Explosivos Armas e Munições”.
“Deste marco histórico para frente, rendemos tosca, mas singela homenagem e agradecimentos aos clubes parceiros e seus associados que muito nos ajudaram e apoiaram na consecução dos nossos objetivos”, finaliza Oscar.
INTERESSE POR ARMAS - Oscar conta que seu interesse pelas armas vem desde a sua infância, quando ele chamava a bandeira nacional de Pátria amada e seu irmão mais novo, qualquer coisa que tinha imagem de santo ele chamava de "amém", então deu um militar na família e meu irmão padre Beneditino em Roma professor numa universidade. “O tiro esportivo também vem da infância quando com nove anos de idade meu pai me deu uma carabina de ar comprimido e me deu as primeiras noções de segurança com aquele brinquedo - hoje carabinas de pressão, são considerados artefatos, segundo a legislação do exército e classificado como brinquedo pela legislação da receita federal, e não arma como os leigos se referem”.
Nos idos de 1982, Oscar praticava tiro olímpico, parado, muito silêncio, concentração e todos se preparavam para os Jogos Abertos do Paraná e a disputa era grande entre as equipes de Curitiba, Cascavel e Toledo, mas o que importava mesmo era ganhar da equipe de Toledo e para eles era ganhar de Cascavel, mas o que imperava era uma grande amizade que perdura até hoje. A equipe de Toledo se sagrou campeã de armas longas por muitas vezes e a de Cascavel de armas curtas.